Falta um mês para a reinauguração do Museu do Ipiranga

Falta um mês para a reinauguração do Museu do Ipiranga

Reabre Museu do Ipiranga: Faltam 30 dias!: Veteranos de canteiros de obras se queixam de cansaço. Tem dia que não dá nem para o almoço. Trabalhadores, duas centenas, estendem jornada até às 22h, domingo a domingo. Pressa e pressão são duas palavras vividas no corpo e no coração.

É a reta final, agora vai ou vai, no último mês de obras da reforma geral do Museu do Ipiranga @museudoipiranga, cuja reinauguração está marcada oficialmente para o 7 de Setembro, a fim de conciliar com a festa dos 200 anos da Independência do Brasil.
Agora, a principal preocupação (e atenção) dos gestores é a de finalizar o chamado edifício-ampliação, subterrâneo, que está somando 7 mil m2 de área ao museu. Foi possível graças à escavação e remoção de 35 mil m3 de terra, que exigiu cuidado especial para não comprometer a estrutura do edifício histórico. Será o novo receptivo, por onde a gente entrará, onde estarão bilheterias, serviços, banheiros, auditório. Escada rolante e elevador acessível conduzem ao interior do museu.

Fotos: Rogério Albuquerque @rogerioalbuca

Concentra-se nesse prédio grande parte da mão-de-obra empregada, de múltiplas disciplinas, para a execução dos serviços de instalações elétricas e hidráulicas, montagem dos pisos de madeira e de pedras portuguesas (os famosos mosaicos) e acabamentos.

Está marcada para esse espaço uma das 12 exposições planejadas para a reabertura do Museu do Ipiranga, especificamente a mostra Memórias da Independência. Dado o status atual de execução do prédio novo, fica a dúvida se haverá tempo hábil para essa montagem até o 7 de Setembro.

No edifício-monumento, o original do museu, inaugurado em 1895 conforme projeto do italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, a luta agora é para a produção das mostras da reabertura. Dezenas de museólogos se acotovelam no interior do prédio para a disposição dos objetos nas estruturas, como vitrines.

Já estão lá todas as telas que serão expostas, trazidas de volta com o fim das obras. Outros objetos vão retornando e assumindo seu novo lugar no museu.

O edifício histórico foi submetido a restauro meticuloso. Houve intervenções restauradoras em toda a fachada, no interior do prédio, em suas esquadrias (portas e janelas), no piso de madeira e de pedra. A filosofia foi recuperar o que podia ser recuperado ou refazer segundo as técnicas vigentes na época de sua construção.
Novas instalações prediais foram instaladas, mais segurança, equipamentos modernos.
Estão recuperadas e prontas as fontes luminosas, também motivo de restauração e de atualização de tecnologia. Vão esguichar por 163 bicos de tamanhos e diâmetros diferentes, sob a luz de 354 projetores de LED. Vem show de águas e luzes aí.

As obras da reforma geral já se estendem por mais de 30 meses, em maior parte financiadas por investimento privado captado via lei de incentivo à cultura, sob a coordenação do governo estadual paulista. A soma investida já supera os R$ 200 milhões. Foi um percurso acidentado por causa da pandemia. O novo coronavírus atrasou a entrega de insumos, afastou trabalhadores infectados e obrigou o escalonamento de equipes, com redução do número empregado nas frentes.
Gente, o fato é que faltam 30 dias, vem muita emoção por aí, vamos cruzar os dedinhos para que tudo saia no tempo. Pena que a cerimônia de inauguração, no 7 de Setembro, será privilégio de poucos, das famigeradas autoridades. Nós, pobres cidadãos, vamos acenar de longe ou nem isso. Mas depois… Sai da frente que lá vai a gente!

 

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