Tinha pressa, muita pressa. Rebolava, malemolente, seu xadrez multicolorido sobre o piso rugoso, como um bloquinho de Carnaval sobre o asfalto preto.
Descia a Maurício de Castilho em alta velocidade, nesta quarta-feira (15).
Talvez fosse urgência de pasto verde, fome. Talvez fosse essa e também outra fome: a de logo virar borboleta e bater asas e voar e observar toda essa confusão lá de cima, como um drone indiferente.
A lagarta tinha necessidade. Ela precisava concluir o seu destino.
A gente, que te olha com curiosidade meio gaiata, não duvida da tua urgência de vida nem da tua capacidade.
E torce: Tomara a gente logo se esbarre no firmamento que encima esse nosso pedaço de chão.