Camilo Cristofaro, vereador / Foto: Câmara Municipal de São Paulo
O vereador Camilo Cristofaro (Avante) negou ao Ipiranga22 participação no episódio de desalojamento da escola de samba Brinco da Marquesa.
“Não sei de absolutamente nada. [Vá] Falar com o subprefeito do Ipiranga [Adinilson Almeida, indicado ao cargo por Cristofaro]”, afirmou o político. “Acho que você está atrasado. Essa instituição [a escola] deixou o local em novembro de 2021 por determinação do Ministério Público. Estamos em 2023. O que eu tenho a ver com isso?”
De fato, ação do MP de SP determinou a saída da Brinco da Marquesa do baixo do viaduto Maria Maluf na data citada por Cristofaro, por causa de risco à segurança, como de incêndios. Mas a escola voltou ao local regularmente por meio da parceria com a entidade ipiranguista Gamf (Grupo de Amigos Mundo Feliz) no ano seguinte, alegando manter ali apenas atividades sociais e artísticas e não usá-lo mais como barracão (oficina e depósito).
Ação de “despejo” da escola de samba Brinco da Marquesa de área embaixo do viaduto Maria Maluf
O despejo de agora é visto pela comunidade da escola como injusta. Segundo Thais Cimiliano, da diretoria, não houve tempo hábil legal para que se apresentasse recurso contra a saída. “O desfazimento do termo de permissão de uso aconteceu às 18h do dia 14 de abril, sexta-feira. E a subprefeitura chegou à quadra às 8h do dia 17, segunda-feira. Não tivemos tempo de apresentar os dois recursos a que tínhamos direito.”
Evento organizado pela escola de samba Brinco da Marquesa
“Estamos nesse mesmo local há 30 anos. Se não podemos mais ficar aqui, para onde vamos? Então que a Prefeitura de SP nos coloque em outro lugar. Mas avisamos que queremos continuar no mesmo espaço”, posiciona essa liderança da escola.
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