A vida é sempre cheia de surpresas, né? Pois não é que a gente deu de cara com esse livro clássico, esquecido ou deixado de propósito numa mureta da estação Santos-Imigrantes do Metrô?
Claude Lévy-Strauss, seu autor, lançou as bases do estruturalismo antropológico e trabalhou no Brasil como professor, integrante da missão francesa que ajudou a criar e a consolidar a Universidade de São Paulo, nos anos de 1930.
Como pesquisador, estudou grupos indígenas brasileiros, com olhar sério e compreensivo.
Aqui dentro do vagão, a caminho do espigão da Paulista, vou pensando em como teria sido bom se Strauss tivesse andado pelas terras ipiranguistas e recuperado o legado dos indígenas daqui, os Guaianaz, de quem não se tem quase notícia nem vestígio.
Se um Dom Pedro indígena tivesse proclamado a Independência de Pindorama, talvez a gente andasse mais livre, feliz e nua.
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